sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Arthur de Azevedo - LIÇÃO DE CASA - LENDA URBANA



       Arthur Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855. Foi, ao lado do irmão Aluísio, um dos fundadores da ABL, na qual criou a cadeira 29, que tem como patrono Martins Pena.
      Arthur Azevedo foi jornalista, poeta, contista e teatrólogo. Entre seus companheiros figuravam Olavo Bilac e Coelho Neto.
     Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, tendo escrito as peças O Liberato e A Família Salazar, esta última escrita em colaboração com Urbano Duarte, proibidas pela censura do Império, e mais tarde, publicadas em um volume intitulado O escravocrata.
      Sua ligação com o teatro se reflete nos quatro mil artigos sobre eventos artísticos, publicados em jornais de grande circulação da época tais como O País, O Diário de Notícias e O Mequetrefe, no qual teve importante participação como articulista.
      Embora já escrevesse contos desde 1871, foi só em 1889 que se animou a reunir alguns deles no volume Contos Possíveis, dedicado a Machado de Assis.
      Simultaneamente aos contos e artigos, desenvolvia também os teatros de revista, ou somente revistas que o projetaram como um dos maiores teatrólogos brasileiros do gênero.
      Além disso, durante três décadas lutou pela construção do Teatro Municipal, a cuja inauguração não pôde assistir.

Sua produção em revista é a seguinte:

       Em 1884, escreve, com Moreira Sampaio, a revista O Mandarim. Sai O escravocrata, reunião de duas peças anteriores (O Liberato e A família Salazar), escrito em colaboração de Urbano Moraes.
       Em 1885, publica, em parceria com Moreira Sampaio, Cocota.
      Em 1886 sai a revista O Bilontra, escrita conjuntamente com Moreira Sampaio, e Mercúrio,encenada no teatro Lucinda.
      Em 1887, assinada por Arthur Azevedo e Moreira Sampaio, estréia no teatro O Carioca.
      O Homem sai em 1887, e também é escrita pela dupla Arthur Azevedo e Moreira Sampaio. A revista é baseada no romance homônimo do irmão de Arthur, o naturalista Aluísio Azevedo.
      Em 1889 Azevedo e Sampaio lançam, no Teatro Santana, a revista Dona Sebastiana
     Em 1890 sai a revista A República, publicada juntamente com o irmão Aluísio. A estréia da revista foi no dia 26 de março do mesmo ano; composta por 13 quadros, parece ter sido um dos poucos sucessos de 90; Rose Villiot, uma das estrelas do gênero de revista da época, representou o papel da República.
       No ano de 1892 sai O Tribofe, assinada somente por Arthur Azevedo.
       Em 1897 sai Capital Federal.
       Em 1898, O Jagunço.
     Em 1899, Arthur Azevedo "empresta" de Os Miseráveis, de Vitor Hugo, a personagem de um herói adolescente, cujo nome era Gavroche, para dar nome à sua revista.
       Em 1902 publica O retrato a óleo
       Em 1907 escreve O dote, que segundo a crítica é umas de suas mais bem acabadas revistas.
       Os c ontos e poesias de Arthur Azevedo publicados são os seguintes:
      Carapuças, poesias (1871); Sonetos (1876); Um dia de finados, sátira (1877); Contos fora da moda (1894); Contos efêmeros (1897); Contos em Verso (1898); Vida Alheia, contos (1929); O Oráculo (1956); Teatro (1983).

Arthur Azevedo faleceu no dia 22 de outubro de 1908.

Bibliografia

Escreveu cerca de duzentas peças para teatro e tentou fazer surgir o teatro nacional, incentivando a encenação de obras brasileiras. Como diretor do Teatro João Caetano, no Rio, encenou quinze originais brasileiros em menos de três meses.

Escreveu ainda:

  • Sonetos (1876)
  • Contos fora de moda (1901)
  • Contos efêmeros
  • Contos possíveis (1908)
  • Rimas (1909)


Para o teatro escreveu, entre outras:


  • O Rio de Janeiro de 1877 (1878)
  • A pele do lobo (1877)
  • O Bilontra (1885)
  • A Almanjarra (1888)
  • O Dote (1888)
  • O Badejo (1898)
  • Confidências (1898)
  • O Jagunço (1898)
  • Comeu! (1901)
PARTE BASTANTE IMPORTANTE PARA ESTUDAR LENDARIOS, POÍS "A PELE DO LOBO" É UMA CRITICA AOS COSTUMES DA ÉPOCA, QUE O VERDADEIRO SENTIDO DO TEATRO DE REVISTA.

O TEATRO DE REVISTA

      O teatro de revista tornou-se um gênero popular no Brasil a partir do final do século XIX.
      Entre os principais escritores de revista estava Arthur Azevedo. Em uma de suas revistas, intitulada A Fantasia (1896), ele apresenta a seguinte definição para o gênero:

"Pimenta sim, muita pimenta

E quatro, ou cinco, ou seis lundus,

Chalaças velhas, bolorentas,

Pernas à mostra e seios nus"....

      Pode-se então caracterizar o teatro de revista como um veículo de difusão de modos e costumes, como um retrato sociológico, ou como um estimulador de riso e alegria através de falas irônicas e de duplo sentido, canções "apimentadas" e hinos picarescos.
      A questão visual era uma grande preocupação em peças deste gênero, pois fazia-se necessário manter o "clima" alegre, descontraído, ao mesmo tempo em que se revelava, em última instância, a hipocrisia da sociedade. Para isso, os cenários criados eram fantasiados e multicoloridos, afim de apresentar uma realidade superdimensionada. O corpo, neste contexto, era muito valorizado, fosse pelo uso de roupas exóticas, pelo desnudamento opulento ou pelas danças.
      O acompanhamento musical também era uma de suas características marcantes. Seus autores acreditavam que comentar a realidade cotidiana com a ajuda da música tornava mais agradável e eficiente a transmissão das mensagens.
      Além disso, destacavam-se como elementos composicionais de uma revista o texto em verso, a presença da opereta, da comédia musicada, das representações folclóricas - o pastoril e fandango -, e da dança.
      Importante ressaltar que o teatro de revista visava a agradar a diferentes segmentos da sociedade. Os elementos que a caracterizam são demonstrativos disso. A forma popular de representação abrangia a opereta, a ópera-cômica, o vandeville (interpretação de canções ligeiras e satíricas) e a revista, equivalentes para a pequena burguesia; e a forma aristocrática, exclusiva da nobreza, equivalia à ópera.
      No conteúdo, a crítica de costumes. Essa mistura da sátira e crítica resultou, no Brasil, no que se convencionou chamar de burleta, gênero do qual Arthur Azevedo mais se apropriou para criar os enredos de suas revistas.


O BILONTRA (A palavra bilontra tem como sinônimo indivíduo sem caráter, biltre com ares de homem sério, meio termo entre pelintra e capadócio. Este termo já havia sido título de uma música, cujo nome é "Bilontra da Cidade Nova" (1886). É interessante notar que palavra bilontra já era recorrente na linguagem coloquial do Rio de Janeiro desde 1875.)



     O ano de 1886 teve quatro revistas que subiram aos palcos, dentre elas O Bilontra, de Arthur Azevedo e Moreira Sampaio.

     O Bilontra, que conta com um Prólogo, três atos e 17 quadros, aborda uma crônica policial que tornou-se célebre no Rio de Janeiro no ano anterior: o julgamento de Miguel José de Lima e Silva, que havia tomado três contos de réis do comendador Joaquim José de Oliveira em troca de um título falso de barão. O processo durou exatos dois anos: de setembro de 1884 a setembro de 1886.
     O comendador tentou retirar a revista de cartaz - sentia-se envergonhado por ter "caído no conto do vigário" -, mas não conseguiu.
     A estréia d’O Bilontra aconteceu, não se sabe ao certo, em 28 ou 29 de janeiro, no Teatro Lucinda.
     O elenco era o da Companhia Dias Braga e contava com atrizes como Rose Villiot, que na época já havia abrasileirado seu nome, tornando-se, portanto, Rosa; a orquestra era coordenada e regida pelo maestro Gomes Cardim.
     O Bilontra ultrapassou a marca de 100 representações e foi responsável pela implantação definitiva do gênero no Brasil, conferindo a seus autores o título de os melhores no ofício.
     O êxito extraordinário da revista deve-se, entre outras coisas, ao fato de que seus autores - Azevedo e Sampaio - haviam encontrado a maneira perfeita de agradar aos mais variados tipos de público, graças à escolha da situação a ser encenada. Além disso, a música foi um fator importante: um lundu de Gomes Cardim, "Recreio da Cidade Nova", que domina a Cena VIII do Quadro VIII no 2º ato, alude claramente a Felipe José de Souza Lima, proprietário do modesto e vulgar Teatro Recreio da Cidade Nova, e o refrão "Ataca, Felipe!" entrou para a linguagem coloquial. Na Cena I do Quadro VI do 1º ato cantam e dançam Alerquim, o Carnaval, o Entrudo, Zé Pereira, e a letra menciona Fenianos, Tenentes do Diabo e Democráticos, as três grandes sociedades carnavalescas que imperavam na Corte. Todos estes elementos conjugados demonstram a possibilidade de identificação de uma platéia heterogênea mas predominantemente de classes pouco cultas, com a arte de massa que O Bilontra exemplificava.
     A sucessão das ações espelhava uma crítica acerca das situações ocorridas com as personagens, que por vezes, eram alegóricas. Faustino, o bilontra, é perseguido por meirinhos que vão penhorar seus bens, pois ele deve a uma firma comercial. Surge, então, a oportunidade a Faustino de receber dinheiro com a venda de um baronato. Duas personagens alegóricas - o Trabalho e a Ociosidade - discutem seu destino durante toda a peça. Mas o triunfo é sempre da Ociosidade, que recebe o auxílio da também alegórica Jogatina, filha do rei do jogo.
     Na busca incessante por dinheiro para ajudar Faustino, as duas - Jogatina e Ociosidade - saem pelas ruas do Rio de Janeiro e se deparam com aspectos típicos do cotidiano carioca do século XIX: o jogo à solta, fiscais corruptos, demolição de prédios históricos, especulação imobiliária, a moda do banho de mar logo pela manhã, jornalismo sensacionalista...
     O patriotismo das situações é deixado de lado quando é prestada uma homenagem a Victor Hugo, enquanto o elenco inteiro canta a Marselha, que na época simbolizava as aspirações republicanas.
    Talvez o sucesso da revista tenha se dado exatamente devido ao seu caráter instigante, provocador, subversivo, em um ano no qual o déficit público é superior a 18 mil contos de réis, há crise na lavoura, cresce a propaganda abolicionista, e o Império vai perdendo sua credibilidade.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Ruy Jobim Neto - LIÇÃO DE CASA - LENDA URBANA







      Ruy começou sua trajetória em fins da década de 1970 como cartunista colaborando com tiras cômicas e passatempos para suplementos infantis de jornais como "O Paraná" (de Cascavel, PR) e "A Tribuna" (Santos, SP). Publicou seus quadrinhos pela primeira vez na revista "Painel", de José Vicente Tezza, em Foz do Iguaçu (PR) em maio de 1976. Na infância, em Três Lagoas (MS), chegou a vencer dois concursos de desenho do personagem Pato Donald, de Walt Disney. Suas maiores influências foram Carl Barks, Hanna-Barbera, Johnny Hart, Brant Parker, Charles M. Schulz, Dik Browne e Mort Walker.


O Cão Jarbas, personagem criado em 1989 por Ruy Jobim Neto.

Ficheiro:Jarbas.jpg
Forma-se em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo em 1989, ano em que criou o Cão Jarbas, personagem de tiras cômicas que iria ter uma carreira própria com livros ("Na Tigela com Jarbas", de 2002) e revistas bimestrais ("Brincadeiras do Jarbas", lançadas em novembro de 1996), com passatempos e tiras cômicas desenhados e escritos por Ruy Jobim Neto, com edições distribuídas nacionalmente pela DINAP, do Grupo Abril. A revista de passatempos completou 10 anos de bancas de revista em 2006.
Ainda na Faculdade, porém, Ruy edita - com Ney Pereira da Silva e Mylene Cyrino - a revista "Agaquê", impressa em maio de 1986, com material de autores como Salvador Messina, Flávio Calazans e Spacca, tendo sido citada no livro "A História das Histórias em Quadrinhos", do pesquisador Álvaro de Moya, no mesmo ano. De 1996 a 2000, ministrou aulas de Histórias em Quadrinhos em entidades como a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, bem como as Oficinas Culturais Regionais da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e Senac (em Santos, SP e Recife, PE). Foi também professor de Interpretação para Locução de Rádio, no Senac de Santos, SP, entre 1996 e 2000.
Em 2005 foram lançados, pela mesma editora, os quatro volumes da coleção "Heróis do Brasil", com os temas "Santos-Dumont", "Zumbi", "Guararapes" e "O Padre Voador". A partir de 2003, Ruy Jobim Neto passa a figurar como verbete entre os cartunistas do site Lambiek, em Amsterdam, Holanda.
Em 2007, com o cartunista Sergio Morettini, a cantora Angélica Chelist e o maestro Gerson Grünblatt, Ruy realizou o show sobre trivias cinematográficas e trilhas sonoras "Cinema Volume 1 - Lado A", no Villaggio Café, ainda no bairro do Bexiga, em São Paulo. O cartunista também escreveu crítica de Cinema e Vídeo para a extinta revista Cinemin, da EBAL (RJ) e para vários jornais ao mesmo tempo. Atualmente, escreve matérias diversas com certa regularidade para o site Bigorna, de Eloyr Pacheco e Humberto Yashima, onde tem coluna sobre Cinema de Animação.
Participou da edição de 2008 do Salão de Humor de Piracicaba como jurado de seleção de caricaturas, cartuns e charges. Neste mesmo ano, Ruy abandona definitivamente os quadrinhos, as tiras cômicas e o humor gráfico para se dedicar à escrita de textos teatrais.


No Teatro

      Suas primeiras incursões teatrais datam de 1994, quando Ruy Jobim neto entra para o PAC (Projeto Artes Cênicas), grupo teatral de Edson Martins e Ubirajara Mohana e fez parte do elenco na montagem de "Escola de Mulheres", de Molière, neste mesmo ano. Em setembro, participou de esquete cômica no SBT, no Programa "Show de Calouros", onde contracenou com o ator Cláudio Mamberti. No ano seguinte, faria parte do elenco da peça infantil "O Enigma dos Turins", com texto e direção de Edson Martins, na qual obteve indicação a Melhor Ator Coadjuvante pelo Mapa Cultural Paulista 1995.
      Com os atores Márcia Marly, Heliton Souza e Rodrigo Oliveira (depois entrando André Luís Marinho, em substituição) fundou no Litoral Sul de São Paulo o Grupo DUZ4 de Teatro em 1998, que formou sua primeira turma de alunos-atores em agosto de 1999, no TPS número 5 do SESI, em Santos, com o espetáculo "Desato em um Ato", com dez cenas entre inéditas e clássicas do Teatro, sendo uma de cada autor.
      Em 2008, a peça curta cômica "Virgens à Deriva" foi encenada na cidade de Santo Ângelo, RS, pela Troupe Encena, sob direção de Juliani Borchardt e também em Portugal, na cidade de Porto de Mós, pelo Grupo Trupêgo, em dezembro de 2008, sob direção de Antonio Almeida, tendo no elenco os atores Estela Ribeiro, Inês Lourenço e Daniel Pereira. A peça foi também montada em 2009 por Zeudi Souza, em Manaus, Amazonas.
      Outro texto seu, Ao Primeiro que Viu a Maré, é traduzido para o inglês ("The Boy who Caught the Tide") e encenado em Londres, no CASA Latin American Theatre Festival, com direção de Gäel Le Cornec, em outubro de 2011.
       Em maio de 2012, estreia a montagem mineira de Do Claustro, sob direção de Fernando Couto e Caio César, produção de Roberto Freitas e tendo no elenco as atrizes Mariana Lobato e Lorena Jamarino, no palco do SESI-Holcim, em Belo Horizonte. A peça também cumpriu temporada, em junho, no palco do SESC-Palladium, também na capital mineira.


Cia. Mestremundo de Histórias


         O Grupo DUZ4 de Teatro foi o embrião da futura Cia. Mestremundo de Histórias, trazida para São Paulo quando Ruy Jobim Neto se mudou para a capital paulista. Os trabalhos continuaram e a Cia. Mestremundo de Histórias recebeu o seu nome definitivo graças a uma conversa de táxi, onde o motorista disse a seguinte frase: "E a gente aprende muito com esse mestre mundo".
       Estréia a peça curta cômica "Virgens à Deriva", apresentada pela primeira vez em 24 de março de 2007, no Espaço dos Parlapatões, em São Paulo, SP, com concepção cênica do autor, tendo Vanessa Morelli, Débora Aoni e Fernanda Sophia no elenco, com música original composta pelo maestro romeno Gerson Grünblatt e figurinos de Katia Niman.
      Neste mesmo ano, é levado ao ar, pela internet, o blog oficial da Cia. Mestremundo de Histórias, tendo a colaboração das atrizes Carolina Mesquita, Vanessa Morelli e Débora Aoni.
      Em 2008 produziu, para a Cia. Mestremundo de Histórias, a peça "Do Claustro" (com Débora Aoni e Carolina Mesquita, sob direção de Eduardo Sofiati), um drama de época com inspiração na trajetória do poeta barroco Gregório de Matos e nas emoções da irmã Mariana Alcoforado, autora de "As Cartas Portuguesas". A peça, de sua autoria, estreou em 17 de janeiro de 2008 no Espaço dos Satyros1, em São Paulo, SP. "Do Claustro" viaja para o Festival de Teatro de Curitiba, PR, em março de 2008 e em abril se apresentou na sede da Cia. de Teatro Contemporâneo, em Botafogo, no Rio de Janeiro, RJ.
     A peça teve música original composta pelo maestro Gerson Grünblatt, figurinos de Ray Lopes, cenotécnica de Nilton Ruiz, iluminação de Eduardo Sofiati, além da consultoria histórica de Laís Viena de Souza e a assistência de direção de Vanessa Morelli.
Ainda em outubro de 2008, nas Satyrianas, foram encenadas três peças curtas de sua autoria: "Sobre o teu Corpo e Duvidei" (com Débora Aoni e Vanessa Morelli sob direção de Ricardo Corrêa), "Andares Acima" (com Amanda Banffy e Renata Becker sob direção de Carol Guedes) e "De Eterno Flerte, Adoro Ver-te" (direção do próprio autor).
      Em 28 de fevereiro de 2009, estreou em São Paulo no Teatro Coletivo a peça infantil escrita por Ruy Jobim Neto "Bem Longe da Traçalândia" (produção de Aline Valencio para a Cia. de Teatro Pirilampo, tendo no elenco as atrizes Aline Valencio e Luana Nunes sob direção de Claudio Cabrera. A peça, que agora tem em seu novo elenco as atrizes Aline Carcellé e Luana Nunes, apresentou-se dentro da programação do Fringe, no Festival de Teatro de Curitiba, em março de 2009.
      Em janeiro de 2009, recebe o Prêmio Estímulo da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, dentro do edital "Novos Textos de Dramaturgia para Teatro" para escrever uma peça de época intitulada Lourenço, no gênero drama.
      Em 1 de novembro de 2009, durante as Satyrianas 2009, no Teatro do Ator (na Praça Roosevelt, Centro de São Paulo, SP), estreou, pela Cia. Mestremundo de Histórias, a peça teatral Dois para o Saguão, sob direção de Filipe Peña, com Adriana Cubas e Claudio Cabral no elenco.
      Em 21 de junho de 2010, foi lida a peça Lourenço, na programação do projeto Letras em Cena, no MASP, na capital paulista, sob direção de Lucianno Maza, com os atores Nelson Baskerville, Rachel Ripani e Fabiano Medeiros. No dia seguinte, estreou no SESC Consolação, em São Paulo, a peça Do Claustro, em sua segunda montagem, sob a direção de Filipe Peña, adaptação de Claudio Cabral, tendo no elenco as atrizes Luana Nunes e Nataly Cavalcanti, com direção musical de Rhode Mark e iluminação de Davi de Brito, com temporada até o dia 14 de julho).
      Sua peça infantil Bem Longe da Traçalândia, dirigida por Claudio Cabrera, estreia originalmente em 2009, no Teatro Coletivo (São Paulo/SP), participa do Festival de Curitiba no mesmo ano e faz apresentação nas Oficinas Oswald de Andrade (São Paulo), e reestreia no Teatro Commune, em São Paulo, em outubro de 2011.


Coletivo Mestremundo de Cinema

       Para produzir o filme Horário de Meu Verão, foi criado, em abril de 2010, o braço audiovisual da Cia. Mestremundo de Histórias, em São Paulo. O filme, que conta com Renata Becker e Fernando Pivotto no elenco, teve roteiro e direção de Ruy Jobim Neto e foi exibido em setembro de 2011 na tela do Teatro Padre Bento, em Guarulhos.
     Em janeiro de 2011, é rodado o curta-metragem Hyppólita, também com roteiro e direção de Ruy Jobim Neto, contando com a trilha sonora musical do compositor Jairo Cechin, o vocal de Lia Cordoni, a direção de fotografia e câmera de Tony D'Ciambra e o elenco formado por Amanda Banffy, Maurício Fülber e Roberto Borenstein.
      Em maio de 2012, Ruy Jobim Neto roteiriza e dirige uma adaptação de seu conto homônimo de 1994, O Dia D E.J. Carvalho, tendo no elenco Ana Carina, Ruber Gonçalves, Mariana Hippertt, Ygor Fiori e Júlia Rosa. O curta teve direção de fotografia e câmera de Tony D'Ciambra e trilha sonora original de Jairo Cechin, montagem de Renan Silbar e produção de Diomédio Piskator para a Cumamuê Cinema.


Dramaturgia

  • A Farsa dos Agudos - (comédia) - 1994
  • De Eterno Flerte, Adoro Ver-te - (comédia) - 1994
  • Bodas em Campos de Arroz - (comédia) - 1997
  • Pelas Próprias Mãos - (comédia) - 1998
  • Virgens à Deriva - (comédia) - 2007
  • Do Claustro - (drama) - 2007
  • Talhado Mundo - (comédia) - 2008
  • Dos Muros da Cidade, Eu Vi Teus Olhos - (drama) - 2008
  • Andares Acima - (drama) - 2008
  • Sobre o Teu Corpo e Duvidei - (drama) - 2008
  • Sombras da Ouvidor - (drama) - 2008
  • Bem Longe da Traçalândia - (infantil) - 2008
  • Ao Primeiro que Viu a Maré - (drama) - 2008
  • Uma Brisa de Noite no Olhar - (drama) - 2008
  • As Águas se Juntam no Céu de Anis - (drama) - 2008
  • De Canoa e de Rede - (comédia dramática) - 2009
  • Lourenço - (drama) - 2009
  • Descasos Indeléveis para Uma Noite em Si Bemol - (comédia dramática) - 2009
  • O Homem que Olhou para Cima - (comédia dramática) - 2009
  • Exame - (comédia) - 2009
  • O Mapa do Coração do Mundo - (drama) - 2009
  • Dois para o Saguão - (comédia) - 2009
  • Das Horas Cruas - (drama) - 2009
  • Olhar para o Sol - (drama) - 2011




Cinema


  • Horário de Meu Verão - (drama) - 2010 (Brasil / color / 8min18s)
  • Hyppólita - (drama) - 2011 (Brasil / P&B / 9min)
  • O Dia D E.J. Carvalho - (drama) - 2012 (Brasil / color / 18min)




Premiações

2009 - Prêmio Estímulo de Novos Textos de Dramaturgia para Teatro (conferido pela Secretaria de Estado da Cultura / SP) para escrever um drama de época intitulado Lourenço (Registrado na Biblioteca Nacional sob No. 461.918 (23/06/2009)).



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"A Casa de Bernada Alba" - Jornal SETE

Matéria do dia 21/10/2012 sobre a apresentação da peça no dia 26/10/2012




"A Casa de Bernada Alba" - Mogi News

http://www.moginews.com.br/materias/?ided=1730&idedito=6&idmat=133526

Essa é a pagina do jornal onde saiu a matéria da peça no dia 26/10/2012


Variedades

Matéria publicada em 26/10/12
Artes cênicas
Peça traz obra de Garcia Lorca a Mogi
Cia. Lenda Urbana reproduz para o teatro "A Casa de Bernarda Alba"; apresentação será no Vasques às 20 horas
Maria Regina Almeida
Da Reportagem Local
Divulgação
A Cia. Lenda Urbana encena hoje, no Teatro Vasques, o espetáculo "A Casa de Bernarda Alba"
Baseada na obra de Garcia Lorca, a peça v"A Casa de Bernarda Alba" será encenada hoje, às 20 horas, no palco do Vasques, pela Cia. Lenda Urbana. O texto, escrito em 1935, é uma crítica contundente à sociedade da época, marcada pelo autoritarismo e por posicionamentos ditatoriais. A peça concorre ao Prêmio Nacional Mogi das Cruzes de Teatro.O teatro está localizado na rua Dr. Corrêa, 515, no largo do Carmo, no centro de Mogi das Cruzes. A classificação etária é 16 anos. A entrada é gratuita. Informações pelo telefone 4798-1747.

O diretor da Cia. Lenda Urbana, Marcelo Ortega, disse que o grupo está trabalhando neste espetáculo desde janeiro, desde a parte de pesquisa e preparação vocal e corporal, com a meta de apresentar algo de qualidade ao público mogiano. "Estamos animados e dispostos a fazer uma grande apresentação. O texto de Garcia Lorca, no qual montamos a peça, é muito interessante, pois ele fala de questões sociais, cujo algo é a sociedade", adianta.

No enredo, Bernarda Alba, a partir da morte do marido, assume de forma autoritária o comando da casa e consequentemente o destino de toda a família, criando um sistema de liderança no qual os valores individuais são substituídos por leis comportamentais.

O Prêmio Nacional Mogi das Cruzes de Teatro reúne ao todo 19 peças, que foram selecionadas de um total de 27 inscritas. Será distribuído um total de R$ 15 mil em dinheiro, que serão divididos entre os três primeiros colocados em cada categoria (Adulto e Infantil), além do Troféu Vasques à melhor peça.
O festival encerra no próximo domingo com a peça "Mi Corazon Sufre", que também será encenada no Vasques, às 20 horas. Várias produções já passaram pelo espaço cultural mogiano

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"A casa de Bernada Alba" - proxima peça com Cia Lenda Urbana



Porradas (Re-postando)

O que é fazer Teatro? Por que fazer ou para quê fazer o Teatro? Muita gente responde essas perguntas com agressões do tipo “oba oba”, “falta do que fazer!” ou “eu não faço isso!” Quando o teatro é simplesmente a arte que imita a vida, mais nada!
Pra quem já teve a oportunidade de experimentar, sabe que estar á postos em cima de um palco é algo muito maior. Que não é simplesmente o fato de se tornar o centro das atenções, é o enriquecimento da alma, da cultura, do aprendizado e principalmente da convivência e o respeito mutuo. Estar ali é tentar mostrar a sociedade de uma maneira mais amena os conflitos que VOCÊ mesmo convive no seu dia-a-dia, e muitas vezes os ignoram por plena arrogância ou ignorância.
Os diretores de peças, autores e principalmente atores podem ser considerados verdadeiros mágicos, pois é exatamente isso que fazem, Mágica! Criam outro mundo dentro nosso próprio e conseguem levar centenas de pessoas para dentro dele. Pessoal, pare! E pense. Em uma sociedade extremamente individualista, onde cada um de nós acha que os nossos problemas são os maiores do mundo, sem se quer olhar para o lado e perguntar se a pessoa do lado precisa de um misero abraço, de repente, pararem para vislumbrar um artista "global" e rir, se emocionar, se irritar, se sensibilizar e sair comentando sobre o que viu umas com as outras em alguns minutos de pura ficção. É a prova mais clara que o teatro ou ate mesmo a teledramaturgia, pode mudar radicalmente e unificar as pessoas. E aos que praticam, também, pois a convicção estabelecida de cada um de si mesmo, é abrangente demais, pois aprendem, ou pelo menos deveriam, aprender a respeitar as personagens  em cena, tornando-os perfeitamente capazes de fazer tudo na arte escolhida, pois o que difere pessoa de ator e personagem, é o palco, é a convicção do seu próprio eu, exemplo: Se Você tem plena certeza que é heterossexual, o que lhe impede de interpretar um homossexual? Se você tem absoluta certeza que não é um. Se você sabe que quem desce dali não é o “Pedro ou João...”, é você aquele que se disse tão convicto de suas opiniões...Heim! Já reparou nesses detalhes? Aposto que não!
No mundo, todo mundo tem a tendência de achar que “todo mundo tem que ser igual a todo mundo” Um absurdo em potêncial! Porque se um “caga”, todos "cagam" juntos, formando assim essa sociedade seguidora de valores tão baixos e sem nexo, que estamos vivendo, as famosas modinhas. Pois é, entrei nesse assunto pra provar ironicamente as primeiras perguntas feitas aqui, por que, se o teatro pode lhe oferecer a oportunidade de viver outras vidas, aprender outros conceitos, passar por todas as classes, raças, culturas, etnias, e de uma maneira tão simples modificar SIM, nem que seja por alguns instantes a forma de pensar das pessoas como um todo, ainda pode ser questionado de maneira tão conflituosa e preconceituosa? MEDO! O medo do novo, medo de tudo, medo do medo, colocam uma espécie de “cabresto” nas pessoas, o que faz com que deixe de se notar pequenos detalhes que fazem toda a diferença......Lembre-se o assunto abordado aqui foi o teatro, porque o tema central do blog é o próprio, mas o que foi colocado aqui cabe dentro de QUAISQUER outras EXPRESSÕES que o homem pratique.....

Alline Machado

sábado, 28 de julho de 2012

Mapa cultural teatro mogi das cruzes 2011 p4

Essa peça chama-se "Fragmentos de Outono" é um monologo representada por uma companheira de palco Rose Cardoso. Nessa apresentação Cia Lenda Urbana eu  me encontrava afastada do elenco por motivos de força maior que me obrigaram a me afastar, porem, a atriz mais uma vez manteve o profissionalismo e o nível que o Lenda já vinha empregando em sua apresentações. Hoje já me encontro como entregante oficial e uma das mais antigas do elenco..................TO DE VOLTA!!!!!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Pequenas Aparições de Alline Machado!

NATAL FELIZ: Auto de Natal
Natal: Espetáculo encenado na Praça Oswaldo Cruz, Mogi das Cruzes.
Pela primeira vez na
cidade será encenado um Auto de Natal. A montagem, criada e dirigida pelo
dramaturgo Nelson Albissú, poderá ser acompanhada bem de perto pelo público que
comparecer à Praça Oswaldo Cruz.Entre componentes da
Orquestra Sinfônica Jovem, Coral Canarinhos do Itapety, bailarinos e atores
convidados, 212 pessoas estão envolvidas nesta produção. Todos os detalhes estão
sendo cuidadosamente planejados por Albissú; dos figurinos idênticos aos usados
na época, ao cenário e às músicas que acompanham o desenrolar da história sobre
o nascimento de Jesus. O Auto de Natal foi baseado no Evangelho de
Lucas que versa sobre a passagem bíblica na qual Maria e José, com o Menino
Jesus na Manjedoura, recebem os Reis Magos e seus presentes: Ouro, Incenso e
Mirra. “O espetáculo une teatro, música, dança e circo e é indicado para
toda a família”, enfatiza Albissú, que também é diretor teatral e diretor do
Departamento de Cultura da Secretaria de Cultura.Orquestra Sinfônica Jovem e Canarinhos do
adolescentes, utilizando a música como principal meio desta
transformação .As apresentações acontecem dias 16 e 17 de dezembro, às
20 horas, na Praça Oswaldo Cruz. A entrada é gratuita.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Teatro e Palcos" - Lindo é Verdadeiro!!


Perdi-me da alma
em cima do palco
num beijo de morte
voei no dramático
o enredo declamou-me
um pé descalço
no teatro fui elenco
um pedaço tão mágico

nos degraus fui vento
desci e subi o cortinado
vi o mundo forte
dentro do meu peito

fascinei-me por desenhar-te
personagem do infinito
gritei Shakespeare
num amor louco
declamei
Romeu e Julieta

perdi-me da alma
fiz o cruzeiro lento
do sol e a dor fui teatro
fui mágica e feiticeiro

ouvi tanta gente
de infinitos aplausos
ouvi sons de céus azuis
num veleiro de luz
voei-me pelas gaivotas
sustentadas no tecto

proclamei poetas mortos
fiz sinfonia a cantar-te
da palavra forte
fui amor à arte
fui fantasia erguida
num véu que desci

fiz da estrada sonetos
vivi nas estrelas
perdi-me da alma
ganhei-me de novo.

Autora: ROMMA - Rosa Magalhães





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Caxinha de Música


O Teatro todos dias da minha vida me ensina um pouquinho e o mais engraçado é eu nem preciso estar em cima de um palco para descobrir isso......
Uma vez "numa reunião do teatro",em um carro, me surpreendi quando me disseram que gostavam de "sons de caixinha de musica". Isso se torna um tanto quanto inusitado quando se vem de um homem, más quando se analisa isso, consegue se perceber o quanto o funcionamento de uma caixinha de música tem que ser perfeito para chegar ao mais belo som......
O mecanismo interior incluí um cilindro giratório com puas (que são os "carocinhos") colocados de determinada maneira, de modo a porem em movimento as afiadas palhetas metálicas de um bastidor em forma de pente. COMO FUNCIONA: É a posição de cada pua em relação ao cilindro que determina qual a palheta a ser tocada e quando. As notas repetidas rapidamente são obtidas através da afinação de mais que uma palheta na mesma nota, já que uma única palheta não teria tempo suficiente para voltar à sua posição de repouso e, voltar a ser imediatamente percutida. As puas alinhadas em fila sobre o cilindro percutirão sobre várias palhetas ao mesmo tempo, produzindo assim os acordes. A tonalidade de uma palheta é correspondente ao seu comprimento, ou seja, quanto mais comprida, mais grave é o som. A colocação das puas num cilindro requer grande habilidade, pois ritmo e afinação exigem uma posição correta e exata.
É um trabalho bastante minucioso e delicado, que resulta muitas vezes em um dançar de uma pequena Bailarina, que é atraída por Imã preso a um outro cilindro que gira de SENTIDO CONTRÁRIO ao que é responsável pelo som. E assim um belo trabalho de equipe, e ao mesmo tempo solitário que resulta em um objeto tão belo e sem defeitos! Infelizmente apresentado para um olhar tão "POBRE" como o nosso........
O Teatro, hoje, especialmente hoje, eu defino assim, "O SOM DE UMA CAIXINHA DE MÚSICA" talvez mais uma "mensagem subliminar", ou uma bela metáfora como "Quero ser astronauta!!", mais que chega á quem deve chegar, AOS OUVIDOS DE QUE SABE OUVIR, e o mais importante aos ouvidos de uma BAILARINA que hoje sabe extrair a musica e dançar o que lhe é proposto por uma certa sinfonia, seja de perto atraída pelo imã, de longe, DENTRO DE SUA CAIXA ou de maneira mais real "livre", NA RUA, nas casas, prédios, escritórios.... Mecanismos perfeitos!!! porém, FRÁGEIS, onde se passa a ter consciência de que se o PENTE que conduz e define a música, se ROMPE, todo o trabalho é perdido e a caixinha é silenciada, e a Bailarina fica sem ter como e onde dançar.......

Alline Machado




segunda-feira, 25 de julho de 2011

NOTÍCIA!!!!!!!!!!


A todos aqueles que me seguem, quero anunciar em primeira mão que VOU VOLTAR!! Mais de uma maneira o tanto quanto inusitada, pois estou tirando uma peça do forno de própria autoria, onde pretendo aplicar as coisas que aprendi no decorrer dos anos, se vou dirigir, isso ainda não sei responder ao certo, pois tenho um nome de muita admiração competência em mente, mais se for preciso, talvez, mais que estarei novamente nos palco ahhhhhhhh com toda certeza!!!!!!!!
A peça se intitula como "BIXINHO RUIM", não se iludam com o nome, pois é um romance e drama com uma pitada de doçura e ingenuidade de uma criança que cresce na quilo que mais ama, nos palcos da vida!!!

Novos trabalhos artisticos

Estas fotos fazem parte de uma novo projeto que estou começando........




domingo, 8 de maio de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

domingo, 6 de março de 2011

O que eu sinto falta!!!!!!!!!!!!!!!

Fragmento de Transparência

A senhora sabe o que é a vida de artista?

Às vezes, é uma grande alegria
Outras vezes, é uma grande desgraça.
Às vezes, é um avião que vem e que passa,
E as vezes é só uma cauda
Que nunca vai chegar a ser, ao menos, uma asa.
Às vezes, é uma vida que voa para o alto
Ou, então, é, simplesmente, uma coisa demente que se arrasta.
Uma coisa insensata;
Um pedaço do colorido,
Um sonho que, se for real, é mais bonito que
um vôo de pássaro.
Mas, tambem pode ser um gato, um sapato,
Um pedaço de cadarço
Mas baixo que o proprio chão.
Mas como podemos saber, minha senhora?
Quem tem o sonho não tem a certeza.
E para se ter certeza é preciso quebrar a cara.
Ou, então, furar os olhos para impedi-los que
vejam mais longe do que as pernas podem alcançar.
Entretanto, é bruto e pesado o fardo.
É uma materia densa esta de ser ou não ser.
Às vezes, o artista é tingido de púrpuras
E, ás vezes, é coberto com poeira das estradas,
Ou, ainda pior, com a lama dos insensatos.
O artista é um corpo entre a poeira do palco
E as luzes dos refletores que ele acredita serem estrelas.
Mesmo com toda fome do mundo,
O artista nunca é um mercador hábil para
traduzir o aplauso da platéia num pedaço de pão.
Mesmo que seu estômago esteja oco e fundo
O artista sonha que se alimenta do aplauso do público
E assim vive sua própria vida
Pensando viver outras
Num tablado,
A um metro, ou metro e meio do chão.

Nelson Albissú UM DOS MAIS NOBRES ARTISTAS MOGIANOS

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Teatro Espontâneo e Psicodrama

O que é Psicodrama?

A arte de imterpretar vista pela PSICOLOGIA....muito interessante!!!!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Estado de Espirito de um artista



Não sou escravo de ninguém
Ninguém é senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

Sou metal, raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

Minha terra é a terra que é minha
E sempre será minha terra
Tem a lua, tem estrelas e sempre terá.

II

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei

E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.

Olha o sopro do dragão...

III

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói

Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

IV

- Tudo passa, tudo passará...

E nossa estória não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

De volta aos palcos

CARACA!!!!!!!!!!!!!!!

Hoje dia 25/11/2010 exatamente á 1 ano e 4 meses fora de um palco eu voltei!!! Foi uma da melhores emoções que eu já senti na minha vida. Foi única, foi mágico!!!! Tive que interpretar uma poesia de Vinicius de Moraes “Operário em Construção” uma das maiores e também umas das mais lindas dele que já li. Ela mostra como eu me senti, me sentia, quem eu era e quem eu sou, deram ela de presente pra pessoa certa na hora certa.
Foi um dia diferente dos outro, não foi um único grupo que se apresento eram vários e cada vez mais me sentia mais nervosa, fui a penúltima a se apresenta e mais uma vez tremia que nem vara verde subi no palco e toda aquela emoção de estar ali de volta veio a tona, e eu fiz com vontade, com a alma e pela primeira vez na minha vida aplaudiram sem eu terminar e aplaudiram de novo no final e de pé, e a mesma emoção que eu estava tomada consegui passar e a platéia sentiu também e chorou...... chorou de soluçar e foi quando tive o privilegio de me senti como a 1º vez de novo, os joelhos batiam um no outro, a mão “chacoalhava” , um gelo na barriga, e a incrível sensação de ver a imagem em câmera lenta da platéia aplaudindo, rindo e chorando e o único som que você ouve é o seu coração descompassado na garganta que geral risos e sorrisos em você do nada e que não se acabam tão cedo..........aiai quanta falta isso me fez............NASCI DE NOVO!!!!

Alline Machado em Tudo Junto e Misturado poesia O Operario em Costrução