domingo, 18 de julho de 2010

Outra Ícone em referência brasileira



Renata foi para Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1964, num programa de intercâmbio cultural, o AFS, e lá entrou para um curso de arte dramática. À época, a Califórnia vivia o auge do movimento hippie que, num processo radical de mudança, lutava pela ampla liberdade de expressão e pelo direito de cada um exercer a sua sexualidade sem culpa.

Como parte do curso, participou do elenco da peça Dura lex sed lex, de Oduvaldo Vianna Filho, na qual teve oportunidade de desempenhar vários papéis.

Ao retornar ao Brasil, em 1967, encontrou o meio teatral influenciado pelas idéias do movimento hippie. Embora não tenha sido ela própria uma hippie, adotou o visual dos integrantes do movimento e viajava seguidamente à praia de Arembepe, na Bahia, que era o lugar preferido dos hippies à época.

Neste período, cursou Psicologia, mas não chegou a se graduar, e ingressou no TUCA - Teatro Universitário Católico. Desde então, o teatro, onde alia a seu trabalho de atriz às funções de produtora, é sua paixão. Costuma dizer: "O palco é o meu prazer, como se nele eu soubesse mais que na vida ".

Sua primeira aparição na televisão foi em 1969, na Rede Tupi, na telenovela Um Gosto Amargo de Festa . Em 1970, Dias Gomes chamou-a para seu primeiro papel na Rede Globo, na telenovela Assim na Terra Como no Céu. Seguiram-se outros sucessos como O Casarão, Brilhante, Roda de Fogo, Vale Tudo, Pedra Sobre Pedra, A Indomada e Senhora do Destino, entre outros.

A atriz fez uma participação especial no clipe de "O Segundo Sol", de Cássia Eller, em 1999.

Em 1988, Renata consagrou-se com um de seus personagens mais marcantes nas telenovelas, o da alcoólatra Heleninha Roitman, em Vale Tudo. Filha da vilã sem escrúpulos Odete Rotiman, personagem de Beatriz Segall, Heleninha culpava-se pela morte do irmão num acidente de carro em que ela supostamente estava dirigindo. O álcool foi a válvula de escape, mas destruiu seu casamento e foi o responsável por inúmeros escândalos e barracos que a personagem proporcionou durante os oito meses em que a novela foi ar. No final, descobre-se que sua mãe, Odete, é quem dirigia o carro no acidente que matou o irmão de Heleninha e deixou a filha pensando ser a culpada. A personagem fez tanto sucesso que mesmo vinte anos depois a palavra "heleninha" ainda é sinônimo, para vários grupos de pessoas, de pessoa alcoolizada.

Mas foi em 2004 que Renata interpretou seu melhor trabalhp na TV: A vilã Nazaré Tedesco em Senhora do Destino, a personagem, apesar de seu mau caratismo (ou por causa dele) é até hoje lembrada e adorada pelo público e com bastante respeito da crítica especializada, que elevou Renata ao casting das mais cotadas atrizes do país. Entre outras maldades da personagem: o sequestro de Lindalva/Isabel (Carolina Dieckmann), o assassinato de seu marido e de Djenane (Elizângela), além de atormentar a vida de sua enteada Cláudia (Leandra Leal). No final, Nazaré se atirou de uma ponte na cidade de Paulo Afonso, na Bahia, a uma altura de 90 metros.

Renata é tia dos atores Deborah Evelyn e Carlos Evelyn, filhos da sua irmã mais velha Suzana. A atriz tem ainda um irmão mais velho chamado Antônio Cláudio. Foi casada com os atores Carlos Vereza e Marcos Paulo, pai da sua única filha: Mariana, e com o diretor Euclydes Marinho. Teve também muitos romances, entre eles com os atores André Gonçalves, Roberto Bonfim, Paulo Coelho e a cantora Maria Bethânia. É avó, e Marcos Paulo avô, de um menino chamado Miguel, nascido em novembro.


Curiosidades

Apoiou Luiz Inácio Lula da Silva em sua última candidatura presidencial em 2006, quando vários artistas decidiram deixar de apoiá-lo por causa do escândalo que ficou conhecido como "mensalão".




No teatro

Macbeth
Um dia, no verão
Medéia
Jantar entre amigos
Mais perto
As três irmãs
Noite de reis
Mary Stuart
Shirley Valentine
Encontrar-se
Grande e pequeno
As lágrimas amargas de Petra von Kant
Os veranistas
Afinal, uma mulher de negócio
A gaivota
É...
Vagas para moças de fino trato
Antígona, de Sófocles
Festa de aniversário
Trágico acidente destronou Teresa
Capeta em Caruaru
Coronel de Macambira
Dura lex sed lex





















No cinema

2006 - Árido Movie
2004 - A dona da história
2004 - Nina
2002 - Madame Satã
2002 - Furos no sofá (curta-metragem)
1997 - O bote (curta-metragem)
1996 - Metal guru (curta-metragem)
1995 - O Mandarim
1985 - Avaeté - semente da vingança
1977 - O velho Gregório
1971 - Lua de mel & amendoim
1970 - Cuidado, madame
1969 - Matou a família e foi ao cinema
1968 - Vida provisória










Na televisão

2010 - A Grande Família .... Dona Carminda
2007 - Duas Caras .... Célia Mara Melgaço de Andrade
2006 - Páginas da Vida .... Tereza Junqueira de Figueiredo
2004 - Senhora do Destino .... Nazaré Tedesco
2003 - Celebridade .... Dora Lima
2002 - Desejos de Mulher .... Rachel
2001 - Um Anjo Caiu do Céu .... Naná / Shirley
1999 - Você Decide, E O Circo Chegou
1999 - Andando nas Nuvens .... Eva Montana / Condessa Astrid Van Brandenburg
1997 - A Indomada .... Zenilda de Holanda
1994 - Pátria Minha .... Natália Proença
1993 - Você Decide, Faça a Coisa Certa
1992 - Pedra sobre Pedra .... Pilar Baptista
1990 - A, E, I, O... Urca .... Olga Luísa
1990 - Rainha da Sucata .... Mariana Szymanski
1988 - Vale Tudo .... Heleninha Roitman
1986 - Roda de Fogo .... Carolina Villar
1985 - Tudo em Cima .... Lana Cardoso
1984 - Transas e Caretas .... Sofia
1983 - Guerra dos Sexos .... Blanche
1981 - Brilhante .... Leonor
1980 - Chega Mais .... Lúcia
1978 - Sinal de Alerta .... Selma
1976 - O Casarão .... Carolina Bastos (Lina)
1974 - Caso Especial, Enquanto a Cegonha Não Vem
1974 - Caso Especial, A Cartomante
1974 - Corrida do Ouro .... Patrícia
1973 - Os Ossos do Barão .... Lourdes
1973 - Cavalo de Aço .... Camila
1972 - O Primeiro Amor .... Mariana
1971 - O Cafona .... Malu
1971 - A Próxima Atração .... Madalena
1970 - Assim na Terra como no Céu .... Nívea
1969 - Um Gosto Amargo de Festa






domingo, 4 de julho de 2010

Uma sujestão de "Boa Pedida" para Leitura


Atriz principal de uma peça em Portugal em seu período de férias, Theresa recebeu ordens de sua mãe para voltar ao Brasil e, a contragosto, retornou. Mas ganhou o Brasil e o mundo logo depois e deixou-se guiar pela paixão aos palcos pelo resto da vida, como relata a artista em sua autobiografia.
Esta é a história real, sincera e apaixonante da trajetória de uma das atrizes mais completas do Brasil. E o que é mais importante: narrada por ela mesmo. Theresa Amayo teve importante participação no cinema brasileiro, principalmente nos anos 1950, quando esteve em uma série de sucessos: Fuzileiro do Amor, com Mazzaropi; O Diamante, com Anselmo Duarte; O Barbeiro que se Vira, com Arrelia; O Camelô da Rua Larga, com Zé Trindade, e Eu Sou o Tal, com Vagareza. Fez muito teatro (na Cia. Dulcina-Odilon, onde começou em espetáculos como Pequenos Burgueses, Seis Personagens à Procura de um Autor, de Pirandello), e muitas novelas na TV Globo (Pecado Capital, Gina, Senhora do Destino), TV Manchete (Carmen) e TV Record (O Espantalho), entre outras. Mas sua maior façanha é sua própria vida, a infância em Belém do Pará, lutando contra a oposição da família para seguir a carreira artística, o feliz casamento com o célebre dramaturgo e radialista Mário Brasini (1921-97), o curso de psicologia, a coragem em enfrentar tragédias pessoais. Mais um lançamento da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, no seu trabalho de resgate e preservação da memória cultural brasileira.

Mais uma Grande Ícone em referência ao Teatro Brasileiro



A atriz Theresa Guichard Amayo Brasini, conhecida como Theresa Amayo, nasceu em Belém (PA), em 13 de julho de 1933.

Começou a carreira artística nos palcos. Sua estréia no cinema aconteceu nos anos 50, período em que apareceu constantemente nas telas, sendo o primeiro “Força do Amor”, de Eurípedes Ramos, de 1952. A atriz passou também pelo rádio, atuando como radioatriz.

Em 1959, Thereza Amayo estreou na TV, ainda ao vivo, em “Trágica Mentira” na TV Tupi do Rio de Janeiro. Mas, só retornou para a televisão em “O Rei dos Ciganos”, novela de 1966.

Thereza Amayo tornou-se uma das estrelas de várias novelas da TV Globo, dentre as quais "A Rainha Louca", "Sangue e Areia" e "Passo dos Ventos". Na TV Globo de São Paulo, Thereza Amayo atuou na novela "A Grande Mentira". Depois, retornou ao Rio de Janeiro para fazer a novela "A Última Valsa".

Quando Glória Magadan, autora de várias novelas estreladas por ela, saiu da TV Globo indo para a TV Tupi, no Rio, Thereza Amayo a acompanhou e atuou na novela "E Nós Aonde Vamos?", de 1970.

Cinco anos depois, Thereza Amayo retornou para a TV Globo, onde integrou o elenco da novela "Pecado Capital". Dois anos depois, Theresa Amayo participou do elenco da “O Espantalho”, de Ivani Ribeiro, exibida em São Paulo pela Record.

Em 1978, Theresa Amayo fez, na Globo, a novela "Gina" e, em 1980, o especial “Romeu e Julieta”.

Convidada pela TV Manchete, Theresa Amayou atuou nas novelas "Tudo ou Nada" e "Carmem".

Na TV Globo, fez também as minisséries “O Portador” e "Memorial de Maria Moura" e episódios do "Você Decide".

Em 2004, Theresa Amayo participou de alguns capítulos da novela da Rede Globo "Senhora do Destino".

Depois de um longo tempo afastada do cinema, Theresa Amayo retornou no documentário “Viagem de Volta”, de Emiliano Ribeiro, em 1990.

Em 2005, Thereza Amayo viveu uma tragédia com a morte da filha e do neto, vítimas da Tsunami, na Ásia.

É viúva do teatrólogo e ator Mario Brasini.

Atuação no teatro

* Irene – de Pedro Bloch. Estréia no teatro no Rio, papel título, grande sucesso em Portugal (Cia. Dulcina - Odilon)
* A Cegonha se Diverte (Cia. Artista Unidos)
* Um Cravo Na Lapela (Cia. Artistas Unidos)
* Mulheres Feias (Cia. Artistas Unidos)
* Daqui não Saio (Cia. Artistas Unidos)
* É do Amor que se Trata (Cia. Artistas Unidos)
* Pindura Saia (Cia. Graça Mello)
* Três em Lua de Mel (Cia. André Villon - Floriano Faisal)
* Irma la Douce ( musical - Cia. Antônio de Cabo)
* Pepsi – Adultério Adulterado (Teatro Santa Rosa)
* Um Raio de Sol (Cia. Teatro Permanente de Brasília – Fundada pelo casal Brasini em Brasília)
* Divórcio (Cia. Teatro Permanente de Brasília)
* O Noviço (Cia. Teatro Permanente de Brasília)
* O Rapto das Cebolinhas (Cia. Teatro Permanente de Brasília)
* Seis Personagens à Procura de Autor (Cia. Tônia Carreiro – Paulo Autran, em Portugal )
* As Inocentes do Leblon (Cia. Antonio de Cabo)
* A Teia de Aranha (Cia. Antonio de Cabo)
* Um Vizinho em Nossas Vidas (Cia. Amayo - Brasini)
* Aqui e Agora (Cia. Jorge Ayer)
* Pequenos Burgueses (Teatro Vivo/ Etty Fraser & Chico Martins – SP)
* A Guerra Mais ou Menos Santa (Inauguração Teatro Princesa Isabel –RJ)
* A Moratória – de Jorge de Andrade (2004)
* Liberdade para as borboletas – de Gershe, substituindo Débora Duarte
* A Moratória – de Jorge Andrade (2006)



Atuação na televisão

TV Tupi (Rio de Janeiro)

* Teatro de Equipe (aos domingos)
* Teatro de Comédia (aos sábados)
* Grande Teatro Tupi (às segundas-feiras)
* Teatrinho Trol
* Teatro de Romance
* Minha mulher é um anjo (série semanal escrita por Ilza Silveira)
* Câmera Um (de Jacy Campos)
* Trágica mentira (telenovela)
* E nós, aonde vamos? (telenovela)

TV Rio

* Teatro Moinho de Ouro (de Vitor Berbara)
* Estúdio A (de Carla Civelli)
* Histórias da Vovó Neve
* Porto dos Sete Destinos (telenovela)

TV Continental

* Orfeu da Conceição – Personagem: Eurídice
* Teledrama
* Teatro de Ontem
* Alma das coisas
* O marido da estrela (série semanal, escrita por Moisés Weltman e Mário Lago)

TV Globo

* O Rei dos Ciganos, de Moisés Weltman, personagem: Svetlana.
* A Rainha Louca, de Glória Magadan, personagem: Maria de las Merces Moreno.
* Sangue e Areia, de Janete Clair, personagem : Pilar de Alarcon
* Passo dos Ventos, de Janete Clair, personagem: Lien.
* A última valsa, de Gloria Magadan, personagem: Condessinha Yolanda
* Roque Santeiro, de Dias Gomes, personagem: Mocinha (versão censurada e proibida em 1975)
* Pecado Capital, de Janete Clair, personagem: Vitória.
* Gina, de Rubens Ewald Filho e Doc Comparato, personagem: Mirtes.
* Férias sem volta (especial de Janete Clair)
* Romeu e Julieta (especial)
* Renascer (Caso Verdade)
* Amor aos 40 (Caso Verdade)
* Cartas Marcadas (Caso verdade)
* Carga Pesada
* O Portador (minissérie)
* Memorial de Maria Moura, minissérie baseada na obra de Rachel de Queiroz.
* A hipocondríaca (Você Decide)
* Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva, personagem: Dona Marlene.

TVS (Estúdios Silvio Santos)

* O Espantalho, telenovela de Ivani Ribeiro, personagem: Tônia

TV Manchete

* Tudo ou nada, de José Antonio de Souza, personagem: Gigi Bourbon.
* Carmen , telenovela de Glória Perez, personagem: Rosimar .


Atuação no cinema

* Perdidos de amor
* O diamante
* Santa de um louco
* Na corda bamba
* O camelô da Rua Larga
* Fuzileiro do Amor



Em 2006, Theresa Amayo apresentou-se com a peça "A Moratória", de Jorge de Andrade.

Em 2008, a atriz esteve em cartaz com a peça "A Vida é uma Ópera", texto de Jandira Martini, que estreou no final de 2007.

Theresa Amayo, em 2010, retorna à televisão para participar do seriado "Malhação" exibido pela Rede Globo

Paulo Goulart fala sobre o cinema brasileiro em especial para TV Fato. Um incentivo e tanto para todos amantes da Arte............

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Entrevista com uma Ìcone do Teatro Basileira e Televisão na apresentação da peça "O Homem Inesperado" para a TV Fato

Grande Ícone do Teatro Brasileiro Perdida em um Passsado


A atriz Maria de la Conceptión Alvarez Bernard, conhecida como Conchita de Moraes, era mãe da atriz Dulcina de Moraes.

Mais Quem é Conchita de Moraes?

A única coisa que sabemos é que era esse o nome é de um teatro, o Teatro Conchita de Moraes. Nasceu em Cuba, em 27/08/1885. Atriz de teatro das mais respeitadas foi casada com Átila Moraes. Desta união nasceram: Edith, Dulcina, Odete, Ruth e Noêmia.


Trabalhou em peças como

"Tia Mame"

"Vida e Morte de Santa Teresinha do Menino Jesus"

"O Rei dos Piratas"

"Zazá"

"Deslumbramento"

"Esta Noite Choveu Prata" "As Árvores Morrem de Pé", entre outras

Pioneira da televisão do Brasil, Conchita “em 29 de abril de 1950, recebia do Governo Brasileiro a Comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul como um tributo de admiração e agradecimento pelo que fez pelo teatro” lembra Dulcina de Moraes.

No cinema, atuou em

"24 Horas de Sonho" (1941)

"Pureza" (1940), "Bombonzinho" (1938)

"O Grito da Mocidade" (1937)

"Bonequinha de Seda" (1936)

"O Bobo do Rei" (1936)

"Amor de Perdição" (1914)


Foi uma das fundadoras da Fundação Brasileira de Teatro, em 07 de julho de 1955.

Como homenagem à atriz, a “Sala Conchita de Moraes” foi inaugurada em 06 de agosto de 1991, no Teatro Dulcina em Brasília-DF.